A Operação Houdini da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quarta-feira (11), contra importação ilegal de vinhos oriundos da Argentina. A ação ocorreu em Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Camaçari, Paulo Afonso e Cruz das Almas.
Os nomes dos acusados não foram revelados, uma vez que o inquérito corre sob sigilo. Outros dois homens foram presos na ação, no caso por porte ilegal de arma de fogo na cidade de Doutor Maurício Cardoso, no Rio Grande do Sul.
Apenas um mandado de prisão não foi ainda cumprido. Trata-se de uma acusado com residência em Piracicaba, no interior paulista. Conforme o delegado, os 28 mandados de busca também foram cumpridos, o que inclui os da Bahia: cinco em Feira de Santana, dois em Santo Antônio de Jesus, um em Camaçari, um Lauro de Freitas, também na RMS, e um em Paulo Afonso, na divisa com Sergipe e Alagoas.
Na operação, a PF conseguiu bloqueio de contas, veículos e outros bens móveis imóveis dos acusados. Nasser diferenciou a prática de descaminho e contrabando. "Tecnicamente na legislação penal se faz a diferenciação de contrabando que é uma mercadoria proíbe de ingressar no território nacional e descaminho é uma mercadoria que pode ingressar, mas que tem que pagar tributos", explicou.
Um exemplo é que o produto cigarro seria enquadrado como contrabando, e bebidas, em descaminho. O delegado informou que o grupo, apesar de ter o vinho como produto principal, também trazia ilegalmente da Argentina desodorantes e outros cosméticos. Após a apreensão, as cargas de vinho apreendidas devem ir para sedes da Receita Federal e podem ser descartadas em vez de irem a leilão.
A carga ilegal ingressava no Brasil pela fronteira noroeste do Rio Grande do Sul, em embarcações que utilizavam portos clandestinos na margem brasileira do Rio Uruguai para descarregar a mercadoria. Posteriormente, o vinho era transportado para os estados de São Paulo e Bahia para ser comercializado. Durante as investigações, foram realizadas oito apreensões vinculadas à organização criminosa, que totalizaram mais de 17 mil garrafas de vinho.
"A mercadoria vai toda para a Receita, que segue os trâmites. Até pouco tempo eles faziam leilões, mas a última informação que nós tivemos para que eles vão destinar para destruição", disse o delegado.
O nome da operação: Harry Houdini foi um dos mais famosos escapologistas da história, devido as suas habilidades de escapar de algemas, correntes, celas e prisões. Da mesma forma, os membros da organização criminosa buscavam escapar das ações fiscalizatórias das autoridades policiais para promover a entrada ilegal de milhares de garrafas de vinhos argentinos.
MANDADOS DE BUSCA EXPEDIDOS POR MUNICÍPIO:
Doutor Maurício Cardoso/RS: 4
Três Passos/RS: 1
Três de Maio/RS: 1
Horizontina/RS: 1
Cachoeirinha/RS: 1
São Paulo/SP: 4
Piracicaba/SP: 3
Hortolândia/SP: 1
Cruz das Almas/BA: 1
Feira de Santana/BA: 5
Santo Antônio de Jesus/BA: 2
Paulo Afonso/BA: 1
Camaçari/BA: 2
Lauro de Freitas/BA: 1
MANDADOS DE PRISÃO EXPEDIDOS:
São Paulo/SP: 2
Piracicaba/SP: 2
Feira de Santana/BA: 1
Santo Antônio de Jesus/BA: 2
Camaçari/BA: 1
Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Sul
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