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Véspera do dia de São Pedro é marcada por guerra de espadas no subúrbio de Salvador

Várias ruas do bairro ficaram tomadas de 'espadeiros' e adeptos da guerra. Em alguns locais, policiais militares estacionaram viaturas na tentativa de evitar que as espadas fossem utilizadas.


Por: Cruz das Almas News / g1
 

Na noite de quarta-feira (28), vespara do São Pedro, ocorreu uma intensa guerra de espadas no bairro de Periperi, no subúrbio de Salvador. Um homem foi detido com fogos de artifício e várias ruas do bairro foram tomadas por "espadeiros". 

A Polícia Militar estacionou viaturas em alguns locais para tentar evitar o uso das espadas. Não houve relatos de feridos graves devido aos fogos. 

Na manhã desta quinta-feira (29), os policiais foram chamados novamente à Rua da Gávea, onde a guerra de espada ainda estava acontecendo. Disparos foram feitos na tentativa de dispersar as pessoas, e um homem foi detido ao soltar uma espada. 

O carro da polícia e um carro de reportagem foram atingidos por espadas, mas ninguém ficou ferido. O homem detido foi levado para a delegacia e o policiamento foi intensificado devido ao conhecimento prévio do evento. 

Em 2003, foi aprovado o Estatuto do Desarmamento e a guerra de espadas foi proibida com base no Artigo 16, que trata da posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Desde então, o Ministério Público tem monitorado essa situação. 

A partir de 2015, foram emitidas recomendações pelo órgão estadual com restrições às espadas. Em 2017, o Tribunal de Justiça da Bahia determinou a proibição da guerra de espadas após um pedido do MP-BA. 

Já em 2018, o Ministério Público Estadual recomendou ao município de Senhor do Bonfim que não apoie ou participe da prática da guerra de espadas.


Essa prática envolve o uso de fogos de artifício semelhantes a espadas e é comumente encontrada em várias cidades, como Cruz das Almas, Senhor do Bonfim, Santo Antônio de Jesus, Sapeaçu, Muritiba, Cachoeira, Nazaré das Farinhas, Muniz Ferreira, São Felipe, São Félix, Castro Alves e Campo Formoso.

Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão da liminar que proibia a tradicional guerra de espadas em Senhor do Bonfim. No entanto, a decisão do ministro Fux diz que há ausência de plausibilidade na alegação. A mesma avaliação já havia sido feita pela ministra Carmen Lúcia um ano antes.


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