Por: Joven Pan
A decisão de incluir o aspartame nesse grupo foi tomada com base em “evidências limitadas” relacionadas ao câncer em humanos, em particular para o carcinoma hepatocelular, um tipo de câncer de fígado, de acordo com a OMS. Também foram observadas evidências limitadas de câncer em animais de laboratório. “As evidências limitadas sobre o carcinoma hepatocelular vêm de três estudos” realizados nos Estados Unidos e em dez países europeus. Esses são os únicos estudos epidemiológicos sobre o câncer de fígado”, afirmou a Dra. Mary Schubauer-Berigan, da IARC. De acordo com Branca, são necessários estudos adicionais “para esclarecer ainda mais a situação”. O Comitê Misto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS e da FAO (Agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) também avaliou os riscos associados ao aspartame entre 27 de junho e 6 de julho.
Nesse caso, eles concluíram que os dados não forneciam motivos suficientes para justificar uma modificação na dose diária permitida estabelecida desde 1981. Essa dose é de no máximo 40 mg por quilo de peso corporal, o que significa que uma pessoa pode consumir aspartame “sem riscos” dentro desse limite. Um adulto com 70 kg precisaria consumir entre 9 e 14 latas diárias de um refrigerante “light” (com 200 a 300 mg do adoçante) para exceder a dose permitida, assumindo que não tenha ingerido aspartame em outros produtos. “O problema surge para os grandes consumidores” de produtos que contêm aspartame, alertou Branca, mas “os resultados não indicam que um consumo ocasional represente um risco”.
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