Polícia Civil da Bahia conclui nesta quinta (10) o inquérito sobre morte de Hyara Flor, 14 anos. Mãe da criança que fez o disparo vai responder por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo.
A Polícia Civil da Bahia concluiu o inquérito policial sobre a morte da adolescente cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, que aconteceu em julho deste ano na cidade de Guaratinga, no Sul da Bahia.
De acordo com a Polícia, o tiro que matou a adolescente foi disparado de forma acidental pelo cunhado, de nove anos, quando a criança, e Hyara brincavam com a arma no quarto dela.
"Durante a simulação de um assalto, a menor Hyara pediu para o outro indivíduo agir como se fosse rouba-la. No entanto, acidentalmente, ao manusear a arma carregada, o menor pressionou o gatilho e ocorreu um disparo" . Isso foi relatado pelo coordenador da Polícia do Interior, Paulo Henrique de Oliveira.
O marido de Hyara, que também tem 14 anos, chegou a ser considerado o principal suspeito, mas a investigação descartou essa possibilidade.
A sogra de Hyara foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, pois a arma pertencia a ela. O adolescente apreendido no Espírito Santo ainda aguarda uma decisão judicial sobre sua liberação.
A investigação contou com relatos de testemunhas, elementos periciais e análise de imagens de câmeras de vigilância, documentos e mensagens de celular.
Durante as investigações, foi descoberto que o marido de Hyara Flor estava na casa dos pais, que fica ao lado da própria residência do casal, quando ocorreu o disparo. As duas casas têm uma entrada em comum pelo fundo e ele estava acompanhado de um familiar dela.
Na quinta-feira (10), o caso foi concluído e encaminhado para a Justiça, de acordo com um anúncio feito pela Polícia Civil nesta sexta-feira (11).
A versão de vingança por causa de um relacionamento extraconjugal não se sustentou com provas.
O inquérito também indiciou um tio de Hyara por disparo de arma de fogo, que teria ocorrido após a morte da adolescente.
A família do adolescente espera pela sua liberação o mais breve possível.
Veja alguns pontos da investigação revelados pela polícia nesta sexta:
O resultado do inquérito foi baseado em relatos de testemunhas e evidências periciais.
A arma utilizada no crime foi comprada pela mãe do adolescente após uma tentativa de sequestro anterior.
Apesar de ter apenas 14 anos, o adolescente possui uma altura entre 1,80m e 1,85m e foi descartado como autor do tiro devido à posição do disparo.
O tiro foi realizado de uma distância próxima, entre 20 e 25 cm.
Foi descartado a possibilidade do crime ter sido premeditado por causa da fuga. A família do adolescente parou em um posto de combustível, a caminho do Espírito Santo, e completou o tanque
O laudo da necropsia não indicou sinais de violência doméstica e testemunhas afirmaram que o casal tinha uma relação harmoniosa.
A versão de vingança por traição não foi sustentada com provas.
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