Por: Cruz das Almas News
Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, foi assassinado com três tiros na cabeça após sair de um comício em uma escola na cidade de Quito, nesta quarta-feira (9).
De acordo com informações, o crime foi cometido por três criminosos que dispararam metralhadoras, deixando nove pessoas feridas.
Um suspeito foi morto em uma troca de tiros com a polícia e seis pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento.
Villavicencio era conhecido por suas denúncias sobre narcotráfico e corrupção na elite política do país. Ele ocupava o quinto lugar nas pesquisas de intenção de voto.
O governo brasileiro manifestou condolências e confiança de que os responsáveis serão levados à justiça.
O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, prometeu uma resposta ao crime em reunião do gabinete de segurança.
Quem era Villavicencio
Villavicencio tinha 59 anos, foi um ex-sindicalista e jornalista que denunciava negócios ruins na empresa estatal Petroecuador. Ele também foi deputado federal, defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores.
Ele era um adversário de Rafael Correa, ex-presidente, e chegou a ser condenado por injúrias contra ele.
Ele afirmava que Correa ordenou a invasão armada do hospital da polícia durante uma rebelião de policiais, o que o levou ao exílio político no Peru.
Villavicencio era casado e tinha cinco filhos.
Funcionários do Conselho Nacional Eleitoral afirmaram estar recebendo ameaças de morte, de acordo com a presidente da instituição, Diana Atamaint. Além disso, eles também estão sujeitos a situações de violência política, como insultos nas redes sociais.
Recentemente, o Equador tem enfrentado um aumento da violência relacionada ao narcotráfico.
Durante o processo eleitoral, um prefeito e um candidato a deputado foram mortos, e houve também ameaças a um candidato à presidência.
Essa criminalidade fez com que a taxa de homicídios no país dobrasse em 2022, alcançando 25 mortes a cada 100 mil habitantes.
O Equador se tornou uma rota fundamental para o tráfico de drogas na América Latina, com os portos equatorianos sendo utilizados para entrada de drogas que atravessam a Amazônia rumo à Europa e aos Estados Unidos.
Isso tem levado a um aumento significativo da influência política do narcotráfico no país.
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