Justiça de São Paulo afirmou que a autora da ação foi vítima de coação na realização das doações à ré. Em nota, a Universal informou que irá recorrer da decisão ao Superior Tribunal de Justiça.
A Igreja Universal do Reino de Deus foi ordenada a devolver R$ 204,5 mil a uma professora da rede pública de São Paulo que doou seu patrimônio à instituição em um período de seis meses.
A igreja tentou reverter a decisão, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo negou o recurso. A mulher transferiu R$ 197 mil em junho de 2018, divididos em dois depósitos, e também enviou R$ 7,5 mil para a igreja em dezembro de 2017.
A justiça considerou a mulher como uma vítima de coação e criticou a pressão moral exercida pela igreja para obter doações dos fiéis.
A Universal informou que irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.
O que diz a Igreja Universal
"A Igreja Universal do Reino de Deus irá recorrer da decisão ao STJ, com a absoluta certeza de que a decisão será revertida, fazendo com que a Justiça e a verdade prevaleçam.
A Universal também reforça que faz seus pedidos de oferta de acordo com a lei e dentro do exercício regular do seu direito constitucionalmente assegurado de culto e liturgia. Desta forma, exatamente em razão da liberdade religiosa, não é possível qualquer tipo de intervenção do Estado -- incluindo o Poder Judiciário -- na relação de um fiel com sua Igreja.
Vale lembrar que a autora desta ação é uma professora de escola pública. Uma pessoa esclarecida, bem formada e informada, que conseguiu ser aprovada em um concurso público, sendo totalmente capaz de assumir suas próprias decisões.
Além disso, tendo sido membro da Igreja por 18 anos, conhecia profundamente seus rituais litúrgicos, e jamais alegou ter sofrido qualquer tipo de “coação”".
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