Além de ser presa, computadores e documentos em que Fabiana Dias teve acesso foram recolhidos pela Polícia Civil, na Câmara de Vereadores de Salvador, na terça-feira (17).
Na terça-feira (17), a assessora do vereador Marcelo Maia (PNM), Fabiana Dias, foi presa por suspeita de fazer parte de um grupo criminoso envolvido com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido na Câmara de Vereadores de Salvador.
A Polícia Civil encontrou Fabiana Dias em um apartamento antes de fazer buscas e apreensões no gabinete do vereador. Foram recolhidos computadores e documentos que a assessora teve acesso. O vereador não foi alvo de nenhum mandado, apesar da vistoria em seu gabinete.
Durante uma interceptação telefônica, foi constatado que a pessoa em questão estava diretamente relacionada com o tráfico de drogas no Engenho Velho de Brotas, tendo um papel de liderança neste contexto. Além disso, foi revelado que ela também estava envolvida em homicídios cometidos na região. Isso foi afirmado tanto pela delegada diretora do Draco, Márcia Pereira, quanto pela delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Campos de Brito.
A assessora de Marcelo Maia, líder comunitária e presidente da Associação de Moradores do bairro do Engenho Velho de Brotas, foi encontrada junto com seu ex-companheiro, conhecido como "Ricardo Cabeção".
Ricardo Cabeção é apontado como líder do tráfico de drogas em Manguinhos, no bairro Engenho Velho de Brotas, e foi preso na 5ª fase da Operação Noise, que investiga um grupo criminoso envolvido com tráfico de drogas e armas.
Nas redes sociais, Fabiana Dias, a investigada, se identifica como formada em Educação Física, professora de pilates e graduanda em Fisioterapia, e compartilha fotos e selfies com o vereador Marcelo Maia.
Durante a operação em que a assessora e seu ex-companheiro foram presos, a Polícia Civil cumpriu um total de 70 mandados judiciais. Além disso, outras seis pessoas foram detidas, mas suas identidades não foram divulgadas.
Os mandados foram emitidos pela Vara responsável por casos relacionados a crimes cometidos por organizações criminosas, do Tribunal de Justiça da Bahia, e foram executados em diversos bairros, incluindo Engenho Velho de Brotas, Piatã, Tororó, Imbuí e Avenida Antônio Carlos Magalhães (ACM).
Nota do vereador Marcelo Maia
"A assessoria de comunicação do vereador Marcelo Maia (PMN) esclarece que não há qualquer tipo de investigação relacionada às condutas do edil.
Trata-se de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, com foco em uma liderança comunitária, presidente de uma Associação de Moradores, que atua na região do bairro do Engenho Velho de Brotas pelo gabinete do vereador.
No local, a PF analisou documentos e computadores utilizados pela colaboradora.
A Polícia Federal ressaltou que não há nenhum tipo de irregularidade relacionada às atividades do vereador Marcelo Maia.
Este ressalta sua integridade e sério compromisso com suas atividades parlamentares; colocando-se ainda à disposição para colaborar com as investigações e com quaisquer outros esclarecimentos necessários".
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