Secretarias da Segurança Pública (SSP-BA) e de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) atuam em conjunto para localizar os fugitivos. Fuzis e pistolas foram apreendidas
O Sindicato dos Servidores Penitenciários da Bahia (Sinspeb) revelou no sábado (21) os nomes dos sete detentos que fugiram do Complexo Prisional de Mata Escura, em Salvador. Esses detentos são acusados de envolvimento em crimes como tráfico de drogas, homicídios e roubos.
Os fugitivos, foram identificados como
Virgínio de Alcântara Filho,
Elivelton de Jesus Santos,
Jeferson Silva Souza,
Íkaro da Costa Santos,
Jeferson Silva de Carvalho,
Flávio Bastos Carneiro,
Fábio Souza dos Santos,
Até o momento, nenhum deles foi capturado pelas forças de segurança.
O Sinspeb informou que o Batalhão de Guarda da Polícia Militar da Bahia foi avisado por agentes penitenciários sobre uma atividade suspeita no módulo V do Complexo Penitenciário Lemos Brito, três horas antes da fuga.
Os agentes penitenciários ouviram batidas na lateral da unidade prisional por volta das 9h20. Estas batidas aconteceram na área de acesso aos módulos e ao Conjunto Penal masculino.
Dez minutos após o incidente, os policiais militares do Batalhão de Guarda, responsáveis pela segurança externa e das muralhas da unidade, foram informados do ocorrido, de acordo com o Sinspeb.
A fuga ocorreu às 12h40 quando os detentos quebraram uma parede para acessar o telhado da parte administrativa do módulo. Eles correram em direção à mata e escolheram um caminho ao lado do depósito de materiais da prisão.
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a fuga contou com o apoio de um grupo armado que entrou em confronto com a Polícia Militar, permitindo a fuga dos detentos.
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| PM apresenta armas apreendidas após confronto com grupo criminoso que deu apoio a foragidos — Foto: Adriana Oliveira/TV Bahia |
Durante o confronto, a polícia apreendeu sete armas de fogo, incluindo dois fuzis, e quase três mil munições. As visitas estão suspensas no Módulo V.
A ação da Polícia Militar impediu que mais detentos escapassem, mas não há informações sobre quantos foram recapturados. O material apreendido estava nas proximidades do complexo penal e pertencia ao grupo criminoso que ajudou na fuga. Nenhum suspeito foi preso até o momento.
A FUGA
De acordo com a Polícia Militar, um servidor do presídio ouviu um barulho e chamou o Batalhão de Policiamento de Guardas, que seguiu o protocolo de contenção.
No local, os policiais viram detentos fugindo para a mata, sendo cobertos por outros criminosos armados, que atiraram contra os militares. Houve troca de tiros, mas não há informações sobre feridos.
Os agentes usaram granadas e receberam apoio de um helicóptero do Grupamento Aéreo e de outras companhias.
Após o confronto do lado de fora do complexo penal, a polícia militar encontrou dois fuzis Colt M4 calibre 5,56mm, cinco pistolas (quatro do calibre 9mm Canik e uma do calibre 9mm SF), 1872 munições do calibre 5,56mm, 794 munições do calibre 9mm, 327 munições do calibre .40 e duas munições do calibre .380.
Além disso, foram encontrados 17 carregadores para fuzil 5.56mm, um carregador alongado para 30 munições do calibre 9mm, oito carregadores para 18 munições do calibre 9mm Canik, dois carregadores para 19 munições HS e um carregador Glock para 16 munições.
Foram encontrados itens como coletes balísticos, placas cerâmicas, carregadores portáteis e aparelhos celulares no local.
Todo o material será entregue à Polícia Civil e foi apresentado à imprensa no Quartel do Comando Geral da PM, na capital baiana.
Além do comandante-geral da PM, o secretário da segurança pública e o comandante do Batalhão de Polícia de Guardas estiveram presentes na coletiva de imprensa.
A SSP afirma que está trabalhando em conjunto com a Seap para encontrar os fugitivos e equipes das polícias Militar, Civil e Penal estão realizando ações de inteligência para recapturar os criminosos.
Equipes dos Batalhão de Guardas, Rondesp Central e Grupamento Aéreo (Graer) continuam atuando no Complexo, enquanto informações sobre os detentos podem ser relatadas anonimamente pelos telefones 181 (Disque Denúncia) e 190 (Centro Integrado de Comunicações).
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